Esquadrão de combate à cigarrinha: 5,1 mil armadilhas em campo

Cigarringa do Milho

O Esquadrão de Combate à Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), devastador inseto-praga que causa “enfezamentos” às plantas e diversos prejuízos, já contabiliza mais de 5,1 mil armadilhas no campo o que corresponde a cerca de 70% da área do cereal do Brasil com 406 usuários ativos cadastrados. A ação é idealizada pela SIMA – Sistema Integrado de Monitoramento Agrícola em parceria com a Bayer.

De acordo com Marcelo Giacometti, Customer Experience Activation Manager da Bayer, analisando os resultados da primeira safra do Esquadrão de Combate à Cigarrinha,odesempenho foi positivo por diversos fatores como levar informações de qualidade aos agricultores e mudar as percepções de necessidade e mudança de estratégia de manejo. “O projeto mostrou que realizar o manejo de forma sincronizada é a melhor estratégia para combater a praga além de ter os dados para se planejar melhor nas escolhas dos insumos”, disse.  Além disso, para ele, “é uma ferramenta de aproximação com o consumidor, muito rica para abordar o cliente com informações genuínas, aumentar confiança, entreter relacionamento e fazer negócio”, completou.

Agora a iniciativa ganhou um novo aplicativo, uma ferramenta simples, intuitiva, porém de grande relevância e que proporciona muitas facilidades no dia a dia no campo. Com a solução é possível em poucos cliques e de qualquer smartphone cadastrar as novas armadilhas, acompanhar o monitoramento com descrição exata do talhão, nome da fazenda e do produtor, seu estado e cidade.

Em cada monitoramento, e que ocorre em média dentro de um intervalo de 10 dias, é adicionado na plataforma dados como a condição da armadilha, a quantidade de cigarrinhas encontradas no local e até o estádio fenológico em que o milho se encontra. Também é feito o registo fotográfico e a data e a hora são preenchidas automaticamente após salvar as informações.

Segundo Giacometti, o novo app foi uma virada de chave, pois tornou-se muito mais fácil e prático para quem está na ponta e passa a fazer este trabalho sem perder tempo e se preocupar com dados que não eram relevantes. “Além do aumento do engajamento dos usuários, o esquadrão conseguiu melhorar a recorrência de captura de dados, ganhando assim mais consistência”, reforçou.

Mais aplicabilidade

A ferramenta possibilita também o monitoramento do milho tiguera, conhecido como involuntário e que causa dor de cabeça aos produtores. “Esse é um novo monitoramento que agregamos a ferramenta, cigarrinha é monofila e só se alimenta de plantas da família do milho, por mais que não tenha ali o cereal para se reproduzir e se alimentar, vai ter esse milho tiguera que pode servir de refúgio para a cigarrinha, por isso a importância desse monitoramento”, destaca Suelen Ferreira Oelke, engenheira agrônoma e uma das responsáveis pelo projeto.

Todas as informações compiladas ficam no aplicativo durante toda a safra e quando sincronizadas vão compor a base de dados que irá ajudar a formar o relatório do esquadrão cigarrinha. Segundo a especialista, na atual safra já há 383 usuários pré-cadastrados no app, sendo 222 com acesso ativo dentro do aplicativo. “A cigarrinha é a praga do ano para o milho, ocasionando muitas perdas e muitos produtores estão relatando que conseguem fazer esse controle por meio do levantamento que estamos realizando. Até o momento são 577 armadilhas a campo, sendo a maioria no Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, descreve.

O projeto

O Esquadrão de Combate à Cigarrinha-do-milho surgiu com o objetivo de auxiliar um número ainda maior de produtores no manejo mais assertivo da praga e mitigar maiores perdas na produção do grão. A rede colaborativa de dados sobre a praga, lançada inicialmente com plano piloto nas lavouras do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, em parceria com agricultores e pesquisadores, agora pode se tornar a maior rede de monitoramento da Cigarrinha-do-milho da América Latina.

Essa ampliação está sendo estruturada com a ajuda da tecnologia da Sima que oferece uma plataforma completa e inteligente que permite realizar monitoramentos em campo de forma georreferenciada, analisar informações e gerar importantes insights para auxiliar na tomada de decisão. O sistema da agtech ainda proporciona a construção de um banco de dados.

Segundo Rafael Malacco, gerente de desenvolvimento de mercado da SIMA, no caso específico da cigarrinha, pelo comportamento que apresenta, é de suma importância que os monitoramentos sejam analisados de forma mais espacial, regional e não se limite a decisões talhão a talhão ou fazenda a fazenda.

“Com a plataforma é feita a gestão das instalações e monitoramentos e a unificação em único banco de dados facilitando a rápida análise para uma rápida decisão, além de construir e manter os registros históricos que seguramente servirão como base para diversos estudos e correlações futuras referente a essa adversidade”, finalizou. 

Sobre – A SIMA é uma AgTech que surgiu em 2013 na Argentina com o objetivo de oferecer aos produtores uma plataforma simples, completa e inteligente para monitoramento, controle e análise de dados. Hoje a empresa está presente em 8 países da América Latina e possui mais de 4 milhões de hectares monitorados. Mais informações em: www.sima.ag/pt.