Com o fim do período do vazio sanitário em novembro, o plantio da safra brasileira de
algodão se iniciou nos estados produtores. Segundo a Conab é esperada uma produção
em pluma de 2,98 milhões de toneladas, e área plantada entorno de 1,624 milhão de
hectares. A prospecção é que a produtividade seja maior em relação à safra anterior,
especialmente pelo fator climático favorável.
O Brasil é atualmente o quinto maior produtor de algodão, estando atrás da Índia,
Estados Unidos, China e Paquistão. Em relação à exportação, ocupamos o segundo lugar,
estando apenas atrás dos Estados Unidos. O potencial para o aumento da cultura no país
é significativo, visto que por estar situado em ambiente majoritariamente tropical, há
algumas vantagens competitivas em relação às regiões temperadas.
Devido às temperaturas mais elevadas no país, há a vantagem do ciclo reduzido na
cultura, além da possibilidade de explorar economicamente a terra ao longo de todo o
ano.
Contudo, diferentemente dos locais com clima temperado, é observado maior
intensidade e severidade no ataque pragas e doenças, assim como a presença
representativa de plantas daninhas. Deste modo, há uma maior complexidade no sistema
produtivo, visto que o produtor demanda de mais insumos e recursos tecnológicos para
manter a produtividade.
Em relação à esta safra, os produtores ainda encontram incertezas econômicas e
políticas mundiais que refletem na dificuldade da comercialização, ao passo que houve
um aumento significativo nos insumos de produção. Neste âmbito, o grande desafio da
safra 2022/23 de algodão, é focar em uma maior produtividade e qualidade da fibra,
aliada à racionalização dos custos de produção para se obter lucratividade na cultura.
A safra 2021/22 apresentou baixas produtividades, principalmente devido à
irregularidade na pluviosidade, afetando estádios essenciais da cultura pela seca,
contudo, é previsto clima favorável para este próximo ciclo. Todavia, foi observado um
menor índice de incidência de pragas e doenças na cultura da safra passada, o mesmo
não é esperado para este ano, visto que as condições climáticas também irão favorecer o
aparecimento e proliferação destas adversidades, ocasionando o aumento dos custos de
produção.
Destaca-se a necessidade de monitoramento para a mancha de romulária, doença que
pode reduzir a produtividade em até 75%. Entre as pragas, a de maior complicação para
esta safra continua sendo o bicudo do algodoeiro, o qual segundo a Embrapa pode
representar até 10% dos custos de produção, afetando a produtividade em até 70%.
É necessário instrumentos que auxiliem no monitoramento destas e outras pragas e
doenças que comprometem a quantidade e qualidade da fibra produzida, contribuindo
para maior rentabilidade da atividade.
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