Soja em campo: Doenças no Brasil

De norte a sul a soja vem sendo semeada e cresce nos campos brasileiros, a cultura que
teve sucesso de estabelecimento na década de 40, expande suas áreas exponencialmente
desde os anos 70 até os dias atuais. A tendência da expansão agrícola pela soja é
contínua, assim como a busca pelo aumento da produtividade. Contudo, considerando
que atualmente mais da metade da área cultivada com culturas anuais é representada
pela soja, há um risco crescente em relação às adversidades pelo favorecimento do
monocultivo em escala.

Figura 1. Evolução da área cultivada de soja no Brasil – 1980/2020

São mais de 40 doenças causadas por fungos, vírus, bactérias e nematoides que atacam a
soja, estas ocasionando danos nos mais variados níveis, afetando o rendimento
econômico da cultura. Além das perdas de produtividade, há um expressivo aumento no
valor desembolsado por área, segundo a Embrapa estima-se que em média a utilização
de defensivos agrícolas some ao produtor de 10-20% de seus custos de produção.

As doenças emergentes variam com a localidade e condições climáticas da região, mas
como preocupação geral destaca-se a Ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrizi),
Podridão radicular de fitóftora (Phytophthora sojae), Mancha-parda (Septoria glycines),
Antracnose (Colletotrichum truncatum), Mancha-alvo (Corynespora cassicola) e
Crestamento foliar de cercóspora (Cercospora kikuchii).

É importante salientar que cada estádio fenológico apresenta susceptibilidade diferente
às doenças, deste modo é imprescindível ter este conhecimento em mente ao monitorar
o campo, para que o planejamento e tomada de ação sejam mais assertivos.

Figura 2. Doenças da soja e estádios fenológicos de maior susceptibilidade

Para o controle mais eficiente e viável, é recomendado que o agricultor adote um
planejamento integrado, indo além da atitude unicamente responsiva à presença da
doença. É necessário buscar entender o panorama de sua propriedade, associando às
possíveis adversidades favorecidas nas condições locais. O manejo genético é chave
neste quesito, buscando cultivares mais resistentes às ameaças. Ademais, é importante
adotar boas práticas de manejo, favorecendo o cultivo e suprimindo as doenças, como a
rotação de culturas e plantio no limpo, eliminando plantas invasoras que possam
hospedar patógenos.

Dentre os fatores que atuam na presença e severidade das doenças, o climático é
praticamente incontrolável, estando associado às variações de produtividade de um ano
para o outro. Neste sentido, por mais que o plantio esteja em época adequada, há
possibilidade de intempéries inesperados, como chuvas excessivas que podem favorecer
patógenos em estádios mais susceptíveis da cultura. Para isto, o monitoramento se torna
essencial, acompanhando o cultivo e identificando precocemente as adversidades. Deste
modo, se proporciona o controle logo no início, diminuindo o risco de perdas
econômicas na cultura.


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