Em busca de maiores produtividades, os agricultores enfrentam diversos desafios, entre eles manter a sanidade de suas lavouras, controlando insetos pragas, doenças e plantas daninhas que interferem no potencial das culturas. Aliado a isto, há a demanda do mercado pela produção de alimentos mais sustentáveis, exigindo do produtor que adote manejos com menor impacto ambiental. Para isto há diversas estratégias, sendo ainda importante considerar o custo/benefício das táticas de controle, de modo que a propriedade seja rentável.
Neste cenário há a proposta de adoção do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Este tem como objetivo atuar no controle de pragas da lavoura, mantendo a produtividade ao passo que busca preservar a biodiversidade do ecossistema agrícola.
A ideia deste manejo consiste em conhecer bem o cultivo, com a visão de um sistema dinâmico, e utilizar de forma inteligente variadas táticas de controle. Para isto, se integram tecnologias diversas, não somente de defensivos agrícolas, mas trazendo ênfase ao potencial de agentes biológicos, plantas resistentes, manejos culturais e outras ferramentas.
A definição de MIP segundo Kogan (1998) é: O uso de táticas de controle, isoladamente ou associadas harmoniosamente, numa estratégia baseada em análises de custo/benefício, que levam em conta o interesse e/ou o impacto sobre os produtores, sociedade e o ambiente”.
Na prática, o MIP se baseia em técnicas de amostragem e monitoramento frequentes, buscando identificar as pragas-chave que ameaçam o cultivo, assim como possíveis inimigos naturais que auxiliam no controle. O Manejo Integrado busca entender o nível de tolerância da planta às adversidades, para que se possa intervir estrategicamente. Com esta visão, não há a eliminação total da praga, mas sim o seu controle populacional, para que não afete a produção.
Como resultado o agricultor otimiza seus recursos, economizando e aumentando a eficiência das suas ações. Deste modo a intervenção na lavoura ocorre buscando evitar um nível de dano econômico, garantindo assim uma produção mais sustentável e rentável.
É ainda importante compreender o momento da tomada de decisão para uma o controle, para isto há alguns conceitos essenciais:
Nível de Dano Econômico (NDE): consiste na quantificação da infestação (Ex: densidade populacional da praga) em que há prejuízo econômico.
Nível de Controle (NC): é a quantidade da praga que indica o momento de intervenção, antes que haja o dano econômico.
Neste sentido, é importante que o produtor mantenha o monitoramento em todas as fases do cultivo, para que os organismos considerados pragas sejam mantidos em um Nível de Equilíbrio (NE), o qual está abaixo do Nível de Controle, e não causa prejuízos econômicos.
No MIP há 6 pilares de controle em que o produtor pode aplicar de forma integrada em sua propriedade, sendo estes:
Controle cultural: rotação de culturas, plantio direto, data de semeadura estratégica.
Controle biológico: liberação de predadores, parasitoides e entomopatógenos da praga (bactérias, fungos ou vírus).
Controle comportamental: feromônios, armadilhas, plantas repelentes.
Controle genético: liberação de machos estéreis.
Controle varietal: seleção de variedades do cultivo resistentes.
Controle químico: utilização de defensivos agrícolas seletivos à praga.
Ao integrar estas variadas táticas de controle e monitoramento, se fortalece a resiliência do sistema agrícola, dificultando o estabelecimento das pragas na propriedade e diminuindo a possibilidade de resistência das mesmas. Além disso o produtor agrega valor de sustentabilidade ao seu cultivo, à medida que tem a possibilidade de otimizar os recursos de aplicações.
A SIMA é um importante aliado para a realização do Manejo Integrado, nele o produtor ou consultor responsável pode planejar o cultivo, armazenar os dados de monitoramento coletados no campo, e ter uma melhor visualização das informações, o permitindo tomar decisões mais assertivas.
Para saber mais acesse: www.sima.ag